sábado, 14 de novembro de 2015

Dragon Ball Z: The Fall of Men

Dragon Ball Z: The Fall of Men 
(Dragon Ball Z: A queda dos homens)

“O mundo não é como deveria ser. Alguma coisa aconteceu no percurso.”

link: Clique aqui 




O final de Caverna do Dragão - Requiem em HQ

O final de Caverna do Dragão - Requiem


Se você também era fã ficou com vontade de saber como esse final seria, o ilustrador brasileiro Reinaldo Rocha trabalhou em cima do roteiro original escrito por Michael Reeves, resultando numa história em quadrinhos muito interessante. Vale ressaltar que o trabalho é um fanfic e nunca foi lançado comercialmente.
Roteiro Original: Michael Reeves
Produção: Reinaldo Rocha
Arte Final: Eber Ferreira



sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Como fazer um roteiro de Quadrinhos ou Mangás: Uma visão geral

 (resumo do texto original de Sandro Massarini)

BUSCA
Toda história possui um ou mais personagens que tem como objetivo buscar algo. É a essência da narrativa, para montarmos um bom enredo precisamos desenvolver quatro elementos:

Lead - Personagem Principal.

Objective - Objetivo do personagem.

Conflict - Conflitos e obstáculos que o personagem enfrenta ou oposição.

Knockout Ending - Um final impactante para a história ou memorável o mais importante é a coerente.
"Alguém deseja alcançar um objetivo mas deve vencer uma oposição para consegui-lo."Podemos resumir praticamente todas as histórias com a frase acima.
A>B<C
"A" quer "C" mas "B" está no caminho.  A é o personagem principal. B é o conflito/oposição. C é o objetivo (amor de alguém, um anel, destruir algo, etc.).
Portanto, toda história tem um enredo (Plot). E esse enredo é sobre um personagem principal, que tem um objetivo, algo crucial para o seu bem-estar. A maior parte do enredo se dá nos conflitos com a oposição, uma série de batalhas para a conquista do objetivo. Se a história não respeita esse conceito básico, vai ser muito difícil que ela agrade o público, a não ser que seja vontade do autor buscar algo revolucionário, o que está cada vez mais difícil na época pós-moderna dos dias atuais.

1. Personagem Principal
Tanto o objetivo quanto o conflito da história devem girar em torno desse personagem. Não cabe nesse artigo discursar sobre a criação de personagens, mas é fundamental que o personagem principal provoque empatia na audiência, ou seja, que os leitores/espectadores torçam e se importem com ele. Vejam bem que empatia não é o mesmo que simpatia. Podemos ter um personagem simpático que não desperte emoções e cujo destino seja para a audiência indiferente.

Vejam bem que isso não significa que os personagens tenham que fazer ações previsíveis, e sim que sejam ações coerentes com suas personalidades. Um determinado espectador, por exemplo, poderia nunca se sacrificar por alguém desconhecido, mas reconhece o valor desta ação e se identifica com o personagem que a realiza.

Todos nós somos definidos pelas escolhas que fazemos. Seja de roupas, comida, programas de televisão, caráter. E os outros formam opiniões boas ou más sobre nós baseados nessas escolhas. Ocorre o mesmo com os personagens criados em uma história.

2. Objetivo
O que o personagem principal busca? Um objeto? Amor? Paz? Emprego? Respeito próprio? Definição da sua sexualidade?
Reparem que o objetivo não precisa ser algum objeto físico. Geralmente em obras mais complexas (chamadas por mim de "artísticas"), o objetivo é a busca de algo no interior desse personagem. Já em obras mais comerciais é típico um objetivo mais tangível e visível para a audiência.
É fundamental que o objetivo do personagem seja de extrema importância para sua vida, caso contrário a história não se sustentará. Se não for algo crucial para sua existência e felicidade, não valerá a pena lutar por ele. E se o personagem não luta pelo objetivo, não temos história.

3. Oposição

O herói é tão bom quanto seu vilão. Então uma boa obra precisa ter intensos conflitos e uma oposição de valor. O personagem principal não deve atingir seu objetivo facilmente, e algumas vezes ele pode nem isso conseguir.
A oposição não precisa vir de um único vilão humano. Pode ser a natureza ou pode simplesmente ser um pesado conflito interior (assumir ou não algo de errado que fez, aceitar ou não a perda de um filho, etc.). A oposição também pode ser um grupo, como o governo, ou o exército. Se escolher um grupo como oposição, faça com que esse grupo seja representado por um personagem, para dar maior foco a trama.
O mais importante é que o personagem tenha que se esforçar ao máximo para vencer os obstáculos, e que esses obstáculos fiquem cada vez mais intensos ao longo da história. Na verdade, é muito comum histórias onde o personagem principal esteja praticamente derrotado até a reviravolta final, quando vence buscando aquela última energia.
Assim como para o personagem o objetivo a ser alcançado é fundamental para sua vida, o mesmo ocorre com a oposição. Os conflitos devem ser lógicos e com motivações racionais.

4. Final Memorável

O final da história é praticamente a última sensação que a audiência carrega da obra. Portanto, um bom final pode às vezes compensar uma história fraca, e um final ruim pode destruir uma bem construída narrativa.
Um final memorável não significa um final absurdo nem irreal. Significa simplesmente um final que agrade e ao mesmo tempo  surpreenda de maneira satisfatória a audiência. Às vezes é melhor a obra ter um final comum do que uma invenção sem coerência, o que é falta de respeito com o espectador/leitor.
Um bom final também deve responder todas as questões levantadas ao longo da trama, a não ser que seja vontade do autor manter a dúvida, o que requer muita habilidade, já que é difícil saber qual dúvida a não ser respondida contribui para a melhor qualidade da obra.

5. Tema (Moral)
Ao chegarmos ao final da obra, o leitor/espectador espera obter alguma mensagem mais profunda, que represente todo o contexto do que ele acabou de presenciar. Toda história tem uma moral ou tema por trás de si, mas o escritor deve tomar muito cuidado ao estabelecer a forma de transmissão dessa mensagem para a audiência. Busque sempre qual será a Moral de sua narrativa. O que você quer passar para a audiência quando ela der aquele último suspiro após o fim de um filme ou livro.


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Folclore - Uma Nova Aventura

Folclore é uma terra em outra dimensão onde a magia e as tecnologias se convergem e criaturas magicas de histórias famosas que conhecemos caminham livremente e vivem em harmonia. Os índios Tupis Guaranis foram os principais guardiões desse mundo, uma vez que existem diversas maneiras de viajar entre os mundos.  Por haver um grande numero de criaturas percorrendo ao nosso mundo, principalmente para alimentar e divertirem-se com a fragilidade da raça humana, os índios criaram “os guardiões”. Os guardiões são pessoas treinadas e equipadas com armas, técnicas e magia para capturarem criaturas que vivem no nosso mundo (os guardiões devem proteger a vida, mesmo sendo lendas ou seres humanos).
Folclore esta dividida em cinco principais tribos, onde os famosos Caciques são os governantes maiores como se fossem presidentes, abaixo dos caciques têm-se os Pajés, que são representantes de cada raça que vive em Folclore e são considerados guias espirituais, e acima de todos existiam os Tupãs, que para os habitantes de Folclore é a divindade maior responsável pelo equilíbrio entre o mundo das lendas e o mundo humano. Porém, com o repentino sumiço do ultimo Tupã, as cinco tribos foram se afastando, tornando-se cada vez mais independentes, isso esta levando Folclore ao caos.
Aproximadamente quatrocentos anos atrás, Folclore teve seu ultimo Tupã e no mundo humano com a chegada do “homem branco” ao Brasil houve uma dizimação espantosa das tribos indígenas, e grande parte dos guardiões foram mortos nas chacinas acometidas pelos próprios homens em busca de riquezas. Após duzentos anos com pouca proteção em Folclore e em nosso mundo, houve uma infestação de criaturas perigosas no mundo humano e com elas os problemas relacionados ao desenvolvimento desenfreado das cidades e a diminuição das florestas ameaçavam a existência dos dois mundos.
Logo, surgiram então dois guardiões descendentes do grande Tupã que viveu entre os humanos e deu origem aos guardiões do nosso mundo, eles estavam dispostos a dar suas vidas para proteger os dois mundos e garantir o equilíbrio que foi tirado pelo próprio homem. Pedrinho e Narizinho, como foram apelidados, ainda jovens se arriscaram em diversas aventuras para garantir a paz entre os mundos, e após muito esforço eles finalmente levaram de volta para Folclore grande partes das criaturas que aqui viviam. Um acordo de paz foi criado com os caciques de Folclore e muitas lendas ainda vivem no nosso mundo em paz e harmonia.
A existência dos guardiões, devido ao aumento da população e da tecnologia foi sendo esquecida e as pessoas acreditavam que não era necessária a existência desses guerreiros para proteger nosso mundo, já que o homem tinha autonomia e tecnologia para isso. E pouco a pouco, as pessoas foram esquecendo a existência de Folclore e das lendas. No entanto, os poucos descendentes Tupis Guaranis que restaram foram transmitindo seus conhecimentos de geração em geração esperando o momento em que mais uma vez o mundo precisará dos guardiões.
Quando mais uma vez as lendas começam a vir para nosso mundo buscando ajuda, surgem os novos guardiões que foram treinados por seus familiares Tupis para proteger-nos, porém um a um começam a desaparecer e caberá a Pedro Neto e sua equipe desvendar os mistérios por trás dos sumiços e entender a causa do desequilíbrio que traz as lendas outra vez ao nosso mundo.
Pedro Encerrabodes Neto é um estudante de 23 anos, formado em Direito criminal, atualmente ele estuda para tornar-se juiz, e tem um grande senso para desvendar crimes. Ele é a terceira geração de Pedrinho, no seu passado quando tinha cinco anos vivenciou um trauma ao ver seus pais serem assassinados por criaturas terríveis, sobrando apenas ele de sua família, era o que ele acreditava. Para escapar das criaturas Pedro se joga do decimo andar do apartamento aonde vivia e sobrevive por conter habilidades de um guardião, contudo por ser muito jovem suas habilidades ainda não estavam desenvolvidas e ele perde a memória com a queda. Esquecendo seu passado e sua missão ele é adotado por uma família rica e torna-se um garoto egoísta e deixa para trás a vida e os princípios ao qual estava destinado.
Rana Encerrabores é uma linda mulher, que recebeu esse nome por ser semelhante a sua tataravó, e a única familiar viva de Pedro, pois ela descende de Narizinho, (Narizinho recebeu este apelido por ser ótima em encontrar e decifrar pistas) que era prima de Pedrinho, o tataravô de Pedro. Rana teve um destino diferente de seu “primo”, na mesma noite em que os pais de Pedro foram mortos, os pais de Rana também foram assassinados, e ela escapou ilesa por ter sido bumburizada* para Folclore por seu mestre pajé antes mesmo de poder se despedir de seus pais. Ela foi severamente treinada e muito cobrada tanto nesse mundo como em Folclore pelo peso do nome de sua família, por isso sempre se dedicou muito para ser uma boa guardiã. Viveu parte de sua infância procurando por seu parente desaparecido e único familiar ainda vivo, até que suas esperanças acabaram e ela dedicou-se aos treinamentos e tornou-se a mais jovem guardiã deste mundo.
Após os sumiços dos poucos guardiões, Rana retoma sua busca para encontrar seu primo, e único capaz de ajuda-la a desvendar os mistérios que cercam os dois mundos. Auxiliada por seus amigos Bapo um boneco de pano ou a versão masculina da famosa Emília e Deni uma lenda da espécie Saci, conseguem juntar pistas e finalmente encontram o paradeiro de seu “primo”. Em uma missão de reconhecimento, Rana vai à universidade na qual ele estuda. Quando finalmente percebe que Pedro Neto é seu parente desaparecido, chega o momento de revelar a ele suas origens. Ao mostrar suas habilidades e revelar a existencia das lendas e dos sacis, Pedro é tomado por um grande susto e desmaia.
Ao acordar, Pedro se depara em um mundo totalmente diferente ao que está acostumado. Ele está em uma sala algemado em uma cadeira, na sala existem equipamentos esquisitos. Sem entender o que esta acontecendo sua prima Rana, junto com Deni e Bapo entram pela porta e revelam a ele seu destino. Imaginando estar em um sonho Pedro desacredita no que vê, “- Um saci de verdade? E uma Emília masculino?? Isso só pode ser um sonho!”.  Após muito desacreditar eles o convencem e o leva para os treinamentos básicos de Tupi.
Mesmo despreparado, Pedro e seus novos amigos finalmente partem para suas investigações tanto em nosso mundo, como em Folclore. Isso dará inicio a uma série de fatos que os levara a desvendar o que esta acontecendo com as lendas e a causa do desaparecimento de tantos guardiões.

Legendas:
Os nomes e sobrenomes dos personagens principais aqui citados são baseados nos contos do “Sitio do Pica-pau Amarelo”.
Narizinho: nome original, Lúcia Encerrabodes de Oliveira.
Pedrinho: nome original, Pedro Encerrabodes de Oliveira.
RANA: semelhante, parecido.
DENI: tribo indígena aruaque, que vive pelos igarapés do vale do rio Cunhuã, entre as desembocaduras dos rios Xiruã 
BAPO: cabaço com sementes ou fragmentos de conchas ritmador de cantos e danças dos Boróro Orarimugudugues do Araguaia.
Pirlimpimpim: É um pó produzido em Folclore.

Bamburizar*: Bambus são portais dimensionais complexos de usar e Pedro sempre se atrapalha e vai parar em lugares inusitados, pois ele é muito desastrado. Cada ramo de bambu faz conexão com algum lugar na Terra ou conexões com Folclore, criando uma rede com conexões infinitas, como canos que se conectam e inclusive alguns guerreiros Tupi usavam armas feitas de bambu para facilitar no transporte. Por verem sacis saindo dos ramos de bambu surgiu à lenda de que sacis nascem do Bambu. O bambu plantado em residências geralmente indica que ali vive uma lenda de Folclore. Para usar esses portais é necessário o Pirlimpimpim, e mencionar o local para onde deseja chegar. Observação: o transporte leva para o local onde tem um bambuzeiro mais próximo, então geralmente as viagens são um enigma, podendo parar às vezes quilômetros de onde realmente queremos ir.

Todas as palavras desse texto, inclusive nomes diferentes são retiradas da língua Tupi Guarani, originais do Brasil. E as lendas aqui citadas fazem referencia ao folclore nacional.