Desaventuras de Sia |
Reflexões sobre HQs e Mangás
Certa vez conversando com um
amigo que vive no exterior ele me contou algo que achei interessante. Mesmo
após anos morando fora, e com família constituída em um país diferente, ele
dizia que “estrangeiro é estrangeiro”. Por que disso? Por mais que ele falasse
o inglês bem, e mesmo que conseguisse passar despercebido como estrangeiro para
ele as piadas do local não tinham tanta graça. Inclusive muitos assuntos locais
não pareciam tão interessantes como eram para os conterrâneos naturais, isso
sempre o levou a buscar na internet assuntos do nosso país, o Brasil.
Partindo dessa discussão,
entro no assunto que quero abordar nesse blogger. Temos o mangá, que é a
história em quadrinhos oriental e que muitos artistas nacionais usam de
referencia, no entanto, temos a nossa cultura, nossas vivencias, nossas piadas,
nossas religiões. Que são temas importantes de serem abordados por roteiristas
e desenhistas, se queremos chamar a atenção de brasileiros, devemos fazer uma
arte com as nossas características, pensando em leitores como nós.
Por exemplo, o mangá japonês
possui linhas fortes, onomatopeias expressivas, descrição de sons e movimentos
que eu jamais vou entender, então por que não traduzir esses elementos para o
quadrinho nacional. Penso que se eu quero ler algo com referência japonesa eu
vou buscar algo de artistas japoneses que tem mais vivencia do assunto que
nossos artistas. Isso que sinto falta no HQs nacional, roteiros que tem essa
referência forte oriental, e pouca relação com nossa vivência.
Essa tirinha da Mafalda
mostra que estamos habituados a conviver com outras culturas que esquecemos
nossa originalidade.
Créditos na Imagem: Lucas Nascimento
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